Uber quer testar "robotáxis" na Europa em 2026

A Uber vai começar a testar robotáxis na Europa já em 2026, fruto de uma parceria com a Momenta, uma empresa especializada em tecnologia de condução autónoma. Estes veículos não vão ter condutor, sendo controlados por inteligência artificial capaz de lidar com o trânsito urbano complexo. A aposta é ambiciosa: a ideia é não só oferecer uma alternativa ao transporte tradicional, mas também explorar novas formas de mobilidade mais eficientes e sustentáveis.

A Momenta, parceira da Uber, é uma start-up chinesa com experiência em condução autónoma, trazendo para a Europa conhecimento. de algoritmos avançados de inteligência artificial e sensores sofisticados.

O teste europeu surge numa altura em que a Uber enfrenta crescentes críticas pelo impacto ambiental do transporte individual e pelas condições de trabalho dos motoristas. Ao apostar em veículos autónomos, a empresa promete reduzir custos e otimizar rotas, contudo, abre também um debate ético e social: quem controla a tecnologia e como será garantida a segurança dos passageiros?

Teste irá começar em cidades pré-selecionadas

Segundo o anúncio, o programa vai começar em cidades selecionadas, embora os detalhes sobre quais e quantos veículos ainda não sejam públicos. A ideia é recolher dados reais de utilização, compreender padrões de tráfego e testar a integração destes veículos no ecossistema urbano existente. Este tipo de teste é crucial: cidades são sistemas complexos, com pedestres, ciclistas e veículos tradicionais, e qualquer falha pode ter consequências graves.

Enquanto isso, a indústria global de robotáxis continua a evoluir rapidamente. Empresas como Waymo e Tesla também estão a testar soluções autónomas, e a entrada da Uber/Momenta na Europa promete acelerar a adoção destes veículos. Mas para além da inovação tecnológica, há questões políticas, legais e sociais que não podem ser ignoradas: regulamentação, responsabilidade em acidentes e impacto sobre empregos no setor do transporte. A chegada dos robotáxis promete transformar o quotidiano urbano, mas levanta perguntas profundas sobre a relação entre tecnologia, mobilidade e sociedade.