Muito antes do nascimento dos smartphones de grandes marcas que hoje conhecemos como o Apple iPhone, os Samsung Galaxy, os Xiaomi, os Redmi ou até mesmo os Huawei P, tínhamos apenas os telemóveis.
Sim, apenas os telemóveis, não passavam disso. Pequenos dispositivos portáteis com baterias que duravam dias e que não faziam muito mais que chamadas, recebiam mensagens e tinham uns joguitos extremamente básicos onde o essencial era passar o tempo e não a qualidade gráfica.
Para os que ainda se lembram do mundo sem iPhone ou Galaxy devem recordar com alguma saudade os velhinhos telemóveis que nos deram o pontapé de saída para o mundo onde vivemos hoje.
Provavelmente está a ler este artigo com um ecrã nas suas mãos, mas como sabe nem sempre foi assim. Agora olhando uns anos para trás, penso que há mais de uma década era muito mais fácil mudar de telemóvel para além de mais económico.
O facto de ser económico era compreensível, pois a tecnologia era diferente, agora olhamos e pensamos que era muito básica, mas na altura era poderosa. Quando surgiram os telemóveis a cores foi uma alegria, sair do monocromático para um ecrã colorido.
Devemos ter tido a mesma alegria que os nossos pais ou os nossos avós tiveram quando deixaram de ter televisão a preto e branco para passar a ser a cores.
Na década de 90 e inícios do ano 2000 a maneira de atrair público era mudando o exterior do telemóvel e não com atualizações de software. Nada de melhorias visuais em interface do utilizador, isso era pensado naturalmente mas o que a malta queria era telemóveis que fossem diferentes esteticamente.
Vou dar alguns exemplos dos telemóveis que me passaram pelas mãos durante toda a minha vida, pode parecer uma quantidade exagerada, mas como referi, eram muito mas mesmo muito mais económicos.
Para começar eu tinha uma paixão pela Nokia portanto grande parte deles naturalmente foram da marca Finlandesa. Não os vou dizer pela ordem de aquisição, pois já não tenho assim uma memória tão boa.
Nokia 6600
O que gostei neste era o facto de ter um pequeno joystick no centro do telemóvel mesmo por baixo do ecrã, facilitava imenso a navegação pelos menus e lembro-me que tinha uma textura quase semelhante a borracha e que fazia com que não escorregasse das mãos.
E o detalhe do anel em volta da câmara traseira tornava-o mais perfeito ainda, dava-lhe um toque de “industrial”.
Nokia 7250i
Vou ser realista, este não abona muito à beleza, mas existia alguma coisa nele que me atraía, reparem como o teclado é estranho, assim como o relevo das teclas. Estes telemóveis tinham um pequeno problema que era as teclas com mais relevo gastavam-se mais rapidamente, ou seja deixávamos de ver as letras, os números e as setas. Apenas tínhamos luz, e isso era pela utilização dos dedos e até por serem colocados nos bolsos das calças.
Nokia 5100
Acho que este foi o primeiro telemóvel resistente a choques e à água que vi, honestamente não me recordo de ter tido um destes, mas lembro-me de amigos de escola que o tinham. E lembro-me perfeitamente do orgulho que sentiam por o deixarem cair sem ser provocado qualquer tipo de dano.
Nokia 3200
Este foi um dos que mais me marcou. Pois este Nokia era o verdadeiro significado de personalização. Estas cores que está a ver eram todas possíveis de alterar. A acompanhar este Nokia vinha uma pequena peça que recortava qualquer folha de papel com as dimensões correctas para que depois de cortada fosse colocada dentro da capa transparente. Basicamente podia fazer o seu próprio desenho ou recortar um jornal, uma revista, qualquer coisa e fazer com que ela se transforma-se na capa do seu telemóvel.
Nokia 6810
Este foi o meu primeiro telemóvel com teclado QWERTY. O porquê de ter tido um destes? Não sei, era quase um telemóvel com aspecto empresarial e com muitas funções que não usava. Mas o facto de ser um “transformer” fascinava-me.
Deixo o resto para um próximo artigo.
E você? Qual foi o telemóvel que mais o marcou?
