Próximo Porsche Boxster será 100% elétrico

Por Pedro Alves 2 min de leitura
Próximo Porsche Boxster será 100% elétrico

Após algum tempo de incerteza e de rumores, eis que surge a confirmação: o próximo Porsche Boxster apenas terá versões 100% elétricas. O modelo desportivo da marca de Estugarda vai seguir o exemplo do SUV Macan, cuja geração atual será a última a contar com motores de combustão interna (pelo menos por enquanto).

Má notícia para uns, excelente notícia para outros: o que é certo é que a decisão está tomada, e a partir de 2025 os modelos 718 Boxster e 718 Cayman da geração 983 apenas serão alimentados via corrente elétrica. Os protótipos já se encontram em desenvolvimento, pelo que se perspetiva que a apresentação oficial ocorra ainda este ano; contudo, ainda não são conhecidos preços finais nem outras especificações, tais como a potência e a autonomia destes desportivos.

Este mudança estrutural do paradigma da gama em questão vem antecipar a obrigatoriedade imposta pela União Europeia, que aponta o ano de 2035 como aquele em que a redução das emissões de CO2 em automóveis novos terá de ser de 100%, ou seja, deixar de existir... Até lá, certamente será desejo comum que pelo menos o mais radical 911 possa continuar a contar com um 6 cilindros traseiro...

Boxster: o modelo que salvou a Porsche

Corria o ano de 1996 quando a marca alemã, atualmente detida pelo grupo VW, divulgou ao mundo a primeira geração do Boxster, a 986. Na altura, a Porsche enfrentava tempos complicados, e o lançamento de um modelo mais acessível às massas acabou por ditar a continuidade da histórica companhia automobilística. A receita era simples, e resultou: preço mais baixo que o 911, menor potência, mas uma experiência de condução capaz de fazer sorrir até os mais céticos.

Contudo, o Boxster não teve um início de vida fácil: frequentemente apelidado de "Porsche dos pobres", principalmente por aqueles para quem nada mais existia além do 911, o mais modesto dos desportivos da casa conseguiu trilhar o seu próprio caminho, e hoje é um nome reconhecido na praça: afinal, já lá vão quase 30 anos e isso, quer se goste ou não, implica respeito. Veremos as implicações que a mudança que se avizinha possa, literalmente, "carregar".