A Meta, dona do Facebook, está a encher o feed do Facebook com o que muitos chamam de “AI slop”, conteúdos gerados por inteligência artificial de qualidade duvidosa. O resultado é uma avalanche de vídeos estranhos, imagens deformadas e ideias sem nexo, tudo para manter as pessoas presas à rolagem infinita, marcada por apps como o TikTok e as funções Reels e Shorts.
Chamam-lhe “AI slop” porque é exatamente isso: lixo digital. São vídeos e imagens criados por IA sem qualquer intenção artística ou coerência. Muitos mostram animais com formas absurdas, rostos distorcidos ou objetos que parecem saídos de um pesadelo tecnológico. É como se o Facebook se tivesse transformado numa galeria involuntária de erros de máquina.
Os utilizadores queixam-se, bloqueiam, escondem vídeos, mas o algoritmo insiste em empurrar mais do mesmo. Um deles resume o sentimento geral:
Apago um vídeo e logo aparece outro. É como tentar limpar areia com as mãos molhadas. - utilizador no Reddit
A Meta diz que está a testar novas experiências e lançou até o “Vibes”, um feed dedicado a criações de IA sem qualquer filtro visível, ou seja, uma app de conteúdos apenas de Inteligência Artificial. Para muitos, isto já não é evolução digital, é apenas barulho visual. Em vez de conteúdo feito por pessoas para pessoas, o que vemos é um fluxo interminável de imagens vazias, sem alma nem propósito.
A crítica é clara: o utilizador quer algo que acrescente, que inspire, que tenha intenção. Em vez disso, recebe uma enxurrada de aberrações automáticas. O Facebook parece ter esquecido o que o tornou relevante a troca de ideias, a partilha humana, a curiosidade real. Se tudo for substituído por ruído gerado por máquinas, o que resta das redes sociais é apenas uma enxurrada de conteúdos artificiais, sem qualquer tipo de profundidade.