A indústria da tecnologia móvel tem melhorado notavelmente nos últimos anos. A cada novo lançamento vemos telemóveis com melhores câmaras e que prometem uma experiência de uso melhor que a encontrada nos modelos anteriores, porém, pode ser que a grande mudança que todos esperamos em relação a melhorias notáveis para estes dispositivos esteja agora verdadeiramente prestes a acontecer.
De acordo com a Lei de Moore, para a evolução esperada, os dispositivos portáteis contêm pelo menos o dobro de transístores por milímetro quadrado a cada dois anos, e nos últimos tempos, as fabricantes não tem alcançado este número, apesar dos ganhos notáveis em desempenho.

A Apple, por exemplo, transacionou há pouco com seu chip A14 Bionic para a litografia de 5 nanômetros, que traz aproximadamente 134 milhões de transitores, em vez dos 90 milhões encontrados no processador prévio da maçã, o A13 Bionic – ou seja, falamos de um aumento de 49%. Já para a Samsung, graças à parceria com a TSMC, a empresa tem tentado seguir a Lei de Moore ao arriscar dar início à produção de chips com litografia de 3 nanômetros, com lançamentos programados apenas para 2022.
Ainda assim, os chips com três nanômetros apresentam um aumento de desempenho de no máximo 15% e redução de consumo de energia de no máximo 35%, relativamente pouco para uma representação verdadeira do que podemos chamar de evolução. Mas não se preocupe, pois os números tímidos mostrados acima poderão, em breve, ser uma coisa do passado.

Segundo uma publicação recente da ZDNet, a Universidade de Sussex no Reino Unido descobriu uma forma de incluir algo similar a transitores em nano-materiais ( que nada mais são do que unidades com tamanhos entre 1 e 100 nanômetros). O material elegido para uso pela universidade foi o Grafeno, que tendo suas camadas dobradas de maneira similar a um origami, pode ter as mesmas propriedades elétricas dos componentes utilizados nos chips.
Ou seja, a descoberta permitiria a produção de microchips pequenos e ainda mais eficientes no quesito de economia de energia, mais do que quaisquer chips já fabricado até ao presente momento. Além disso, devido ao seu tamanho diminuto, eles possibilitariam um aproveitamento melhor do espaço interno nos telemóveis, permitindo assim que fabricantes incluíssem ainda mais tecnologias nos produtos.

A opção pelo Grafeno deve-se às suas propriedades em relação à condução elétrica, e por isso mesmo é que até já vemos alguns powerbanks a utilizar baterias com composto de Grafeno, para reduzir o tempo que as mesmas levam para carregar até 100% pois, sim, as baterias baseadas em Grafeno podem recarregar até cinco vezes mais rápido do que as baseadas em íons de lítio, além de serem até 200 vezes mais fortes do que o aço e até seis vezes mais leves.
Marcas como a Samsung já detêm várias patentes envolvendo o uso de Grafeno em diversos produtos que ainda nem sequer foram anunciados, e tudo indica que o material vai acabar por se tornar uma tendência na indústria de dispositivos eletrónicos nos próximos anos, pois muitas outras empresas já estão a desenvolver soluções baseadas nele, que incluem não só baterias e chips mas também ecrãs OLED.

O resultado disso? Podemos esperar para os próximos anos a chegada de telemóveis com baterias de maior duração, processadores de maior potência, ecrãs mais resistentes e muito mais. Os benefícios do uso do Grafeno nos aparelhos são tantos que precisaríamos de algumas páginas para descrevê-los na sua totalidade, sem contar que muitos novos benefícios são descobertos a cada mês.
E é claro que não esperamos a adoção deste tão promissor material apenas nos telemóveis, sendo que a chegada a outros dispositivos como computadores, TVs, consolas e acessórios é apenas uma questão de tempo.
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