O conflito entre a Epic Games e a Apple volta a ganhar força, agora com novo episódio na Europa. Tudo começou em 2020, quando a Epic tentou contornar as taxas da App Store ao lançar um sistema próprio de pagamentos no Fortnite. A resposta da Apple foi imediata: baniu o jogo da sua loja. Desde então, as duas empresas têm travado uma batalha legal sobre práticas consideradas monopolistas.
A União Europeia tentou resolver este problema com o DMA (Digital Markets Act), uma lei que obriga gigantes como a Apple a abrir os seus ecossistemas a lojas e sistemas de pagamento alternativos. No entanto, a Apple parece estar a cumprir, mas à sua maneira
CEO da Epic games está furioso
Tim Sweeney, CEO da Epic, reagiu furiosamente nas redes sociais depois de a Apple ter bloqueado, mais uma vez, a tentativa da empresa de lançar a Epic Games Store no iPhone, além de impedir o regresso do Fortnite na Europa. Segundo Sweeney, a Apple está a utilizar argumentos técnicos e burocráticos para atrasar o processo, mantendo na prática o seu controlo quase total sobre o iOS.

A Epic acusa a Apple de estar a distorcer as regras do DMA, fingindo abertura enquanto cria obstáculos quase impossíveis de superar. Esta jogada reacende o debate sobre se as grandes tecnológicas estão realmente dispostas a abrir os seus ecossistemas ou se apenas estão a adaptar-se para manter o domínio.
Epic Games não é a única empresa com problemas semelhantes
O Spotify também já teve os seus próprios atritos com a Apple, numa luta igualmente marcada por acusações de práticas anti-concorrência. A plataforma de streaming sueca queixou-se publicamente das comissões de 30% aplicadas na App Store, que, segundo a empresa, lhe criavam uma desvantagem face ao Apple Music, que é o seu maior concorrente no mercado de plataformas de streaming de música.