DeepSeek vai rotular todos os conteúdos com Inteligência Artificial

DeepSeek vai rotular todos os conteúdos com Inteligência Artificial

1 min de leitura

A empresa de inteligência artificial DeepSeek anunciou uma nova regra que muda a forma como o conteúdo digital é identificado na China. A partir de agora, todo o material produzido pelos seus sistemas terá de ser acompanhado por etiquetas que confirmam que foi criado por IA. Estas etiquetas não podem ser removidas, alteradas ou disfarçadas.

As etiquetas funcionam em dois níveis. Por um lado, existem as visíveis, que podem surgir como mensagens no ecrã, avisos sonoros ou gráficos que indicam claramente que o conteúdo foi gerado por inteligência artificial. Por outro, existem as etiquetas ocultas, embutidas nos dados técnicos, que contêm informações como o tipo de conteúdo, a empresa responsável pela sua criação e um identificador único.

Os utilizadores estão proibidos de manipular estas etiquetas de qualquer forma. Não é permitido esconder, falsificar ou usar ferramentas que tentem eliminar estas marcas digitais. Qualquer tentativa nesse sentido pode trazer consequências legais sérias.

Outras empresas podiam "aprender" com a DeepSeek

Para reforçar a transparência, a DeepSeek publicou também um guia técnico. Este documento descreve como os modelos são treinados, os dados que utilizam e o processo que leva à criação de texto, imagens ou áudio. A ideia é garantir que o público tenha clareza sobre a origem do conteúdo e que as empresas cumpram um padrão mais elevado de responsabilidade.

Estas regras não resultam apenas de uma decisão da empresa. Fazem parte de novas exigências impostas pelo governo chinês, que pretende que todo o conteúdo gerado por IA seja rastreável e impossível de adulterar. Cabe às empresas assegurar que estas normas são cumpridas em todas as etapas.

Em paralelo, a DeepSeek anunciou a versão V3.1 dos seus modelos, que oferece um contexto expandido de 128 mil tokens e 685 mil milhões de parâmetros, integrando capacidades de raciocínio e tarefas gerais. No lado do hardware, os novos GPUs GB300 da Nvidia mostraram-se seis vezes mais rápidos do que os H100 quando utilizados com o DeepSeek R1, sinal de que a corrida pela eficiência da IA continua a acelerar.