A DECO Proteste pretende avançar com uma ação judicial contra a Apple por esta provocar deliberadamente obsolescência programada em alguns iPhones, a saber, os iPhones 6/6 Plus e os iPhones 6S/6S Plus.
Segundo a DECO Proteste, a Apple manipulou de forma deliberada a performance dos seus dispositivos mais populares, sem dar qualquer informação aos seus utilizadores. Para a DECO, isso levou milhares de utilizadores a substituir a bateria, ou até mesmo a comprar outro iPhone novo. Em Portugal cerca de 115 mil utilizadores terão sido lesados por essa prática.
A Apple lançou uma nova versão do iOS, em que o sistema reduzia o processamento, mas somente em dispositivos que tivessem a bateria com a capacidade máxima abaixo dos 80%. Na altura, o objetivo da Apple era evitar que os iPhones 6/6 Plus e 6S/6S Plus reiniciassem abruptamente caso atingissem o processamento máximo. Como as baterias já tinham um desgaste considerável, era evidente que qualquer pico de processamento levaria a um reinicio inesperado dos aparelhos. O grande problema da Apple foi ter lidado com este problema de forma pouco transparente.
Após a atualização do iOS, muitos utilizadores trocaram a bateria dos seus iPhones, e outros acabariam por trocar por outro modelo mais recente para obterem um desempenho elevado. Ora é neste ponto que a DECO Proteste acusa a Apple de obsolescência programada, e que em outros países já valeu multas bastante elevadas à gigante tecnológica americana.
DECO Proteste: “Algumas maçãs estragam-se antes do tempo”
Para ajudar a promover a sua ação contra a Apple, a DECO promoveu um video com uma temática original, com o objetivo de angariar potenciais consumidores lesados a juntarem-se à causa, “contra a obsolescência programada do iPhone 6.”
Embora, o iPhone 6 (2014) e o iPhone 6S (2015) tenham sido lançados já há alguns anos, a polémica do desempenho reduzido aconteceu em 2017. Mas o porquê de só agora avançar com uma ação judicial? A Euroconsumers, à qual a DECO faz parte, tentou nos últimos 3 anos encontrar soluções para os consumidores lesados, mas nunca obteve qualquer resposta por parte da Apple. Em 2020, e na sequência duma queixa da italiana Altroconsumo, a Apple foi condenada pelo Tribunal Administrativo de Roma. Com esse resultado, agora chegou a vez da DECO avançar para a Justiça com uma queixa semelhante.

O tribunal italiano condenou a Apple a pagar uma muita de 10 milhões de euros por prática desleal e agressiva. Nos EUA, a Apple negociou um acordo de 113 milhões de dólares para evitar a barra dos tribunais. A DECO Proteste pretende o mesmo tratamento para o portugueses lesados, daí avançar com uma ação para garantir isso. Em Portugal, a DECO pretende uma compensação de 60€ por utilizador, o que dá um montante total na casa dos 6,9 milhões de euros. Se pretende ajudar a causa da DECO é so aceder e esta página.
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